A principal referência técnica para o projeto de poços artesianos é a ABNT NBR 12.212:2017 – Projeto de poço tubular para captação de água subterrânea – Procedimento. Essa norma prevê que toda construção de poço, por mais simples que possa parecer, requer um estudo prévio do solo e um planejamento adequado.
De acordo com essa norma, um projeto de poço para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens:
- Prescrição do método de perfuração;
- Locação topográfica do poço
- Estimativa das profundidades mínima e máxima do poço
- Estimativa da vazão do poço
- Fixação dos diâmetros nominais úteis do poço
- Fixação do(s) diâmetro(s) nominal(is) de perfuração do poço
- Previsão da coluna estratigráfica a ser perfurada até o limite do solo, da transição solo-rocha e da extensão em rocha(s)
- Previsão da zona de saturação a ser explorada, do potencial e das pressões existentes, representadas pelos níveis piezométricos, tipos de vazios e sua geometria.
É aí que a geofísica tem papel importante na hora de realizar um estudo do local onde o poço será perfurado.
Antes de perfurar um poço artesiano, deve-se considerar variações sazonais que levam à seca em alguns períodos, conhecer a vazão real da região, o potencial de abastecimento e a qualidade da água, que tem exigências rígidas quanto ao teor de cálcio, magnésio e outros elementos químicos que podem ser encontrados na região.
SONDAGEM GEOFÍSICA
A sondagem geofísica é uma medida que deve ser adotada ante de iniciar o processo de perfuração, pois, a partir dos dados coletados durante a pesquisa do subsolo e da topografia da região, é que se pode dar início a construção de um poço.
O serviço de sondagem oferece uma análise detalhada de toda a estrutura geológica do subsolo escolhido para a instalação do poço artesiano. Por meio desse estudo, é identificado o verdadeiro potencial para produtividade, bem como a capacidade de abastecimento de água.
Existem diferentes métodos geofísicos de prospecção, que variam conforme a necessidade a ser investigado no estudo. São eles: magnetometria, sísmicos, sismologia, geotermia, radiometria, paleomagnetismo, gravimetria e geoelétrico.
Esses métodos utilizam os propriedades e parâmetros elétricos de solos e rochas, Esses métodos utilizam propriedades e parâmetros elétricos de solos e rochas como, condutividade, resistividade, potencial espontâneo e campo eletromagnético para investigar a geologia de subsuperfície.
Para a locação de poços, o método geofísico mais utilizado é a eletrorresistividade (ER), cujo princípio básico baseia-se na determinação da resistividade elétrica dos solos/rochas, podendo também utilizar de métodos eletromagnéticos (EM), entre outros.
A presença de água nos poros e fissuras das rochas causam um aumento da condutividade elétrica (e uma diminuição da resistividade). Isso possibilita o uso de métodos geoelétricos (caminhamento elétrico/imageamento elétrico e sondagem elétrica vertical -SEV), para auxiliar na localização de camadas ou fraturas na determinação da profundidade do aquífero.
Na eletrorresistividade são utilizadas as técnicas de Sondagem Elétrica Vertical – SEV e Na eletrorresistividade, são utilizadas as técnicas de Sondagem Elétrica Vertical – SEV e do caminhamento elétrico – CE. Ambas se complementam e resultam em um “raio –x” do subsolo, sendo possível detectar diferentes tipos de rocha e suas respectivas espessuras, presença de blocos de rocha, profundidade do lençol freático, zonas fraturadas, localizar e qualificar jazidas minerais, etc.
A partir do estudo geofísico e da análise da geologia e topografia da região, o geólogo consegue obter uma curva, mostrando a resistividade dos materiais, determinando qual o melhor local para fazer a perfuração do poço e qual o melhor método a ser utilizado.
Nós, da CPA, temos uma equipe pronta para atendê-lo da forma mais rápida e eficiente, com capacitação para cumprir todas as etapas da construção de poço artesiano.
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